segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

One step closer

Tomorrow is my first lesson to a driving test, I'm very anxious. A driver's license is something that takes some time. My birthday present was my exame Code B. Actually I paid with my money but nevermind...


sábado, 1 de novembro de 2014

Laura Veirs

I always get stuck in one song, but since a few months I have been listening again.



Narrativa curta com pseudónimo da minha autoria

Nevoeiro

Nesse tempo, ou já muito antes, era considerada uma mulher insociável. As pessoas consideram que ela vivia demasiado para a família e até à data para o seu ex-noivo. Sentada no degrau de uma escada, colocava-se no centro desta “arena” improvisada que é a vida. Mas o gozo era apenas dela… ali sentada, reflectindo. Gozo esse não de riso porque para Clarisse o riso era o que particularmente lhe ofendia nos medíocres. Medíocres esses que observava pela janela enquanto soltava uma gargalhada num tom irónico para tal presença inesperada de agentes de autoridade.
Param o carro à frente de sua casa e batem à porta.
- Bom dia. É Clarisse Fonseca? – perguntou um dos polícias, de uma forma áspera, arrogante, rude e azeda.
- Sou. Porquê? – perguntou Clarisse, de uma forma assustada.
Um polícia oscila a cabeça para outro colega de trabalho como forma de uma possível confirmação de que já havia consumado algo ao mesmo tempo que cola um aviso na porta.
- Pelo não pagamento dos impostos comerciais desta propriedade, o município aplicou uma petição judicial para recuperar os custos. Não deve ser surpresa para si. Clarisse foi amplamente notificada. Foram enviados diversos avisos para esta morada. Esta casa vai ser leiloada, a partir de amanhã de manhã.
- Leiloada? Que história é essa? Ficou maluco? - questiona Clarisse.
O polícia olha-a extasiado. Clarisse volta-se para outro polícia e ordena:
- Não fume na minha casa.
Bip, bip, bip…
Os polícias são chamados, é hora de abandonar o local, há trabalho que precisa de ser feito.
À medida que Clarisse vira-se para observar a arrogância de um polícia a fazer uma chamada do telefone da sua própria casa, choca com um polícia, seu nome, Jorge Guedes. Ela contempla uma certa intimidade e confraternidade no seu olhar.
- Olá Loureiro, encontramo-nos aonde? – pergunta um polícia ao telefone.
Há risadas provenientes dos polícias ao verem a mulher tão desamparada e ignorada enquanto vêem o seu colega a abusar do seu poder utilizando o telefone.
- Parece que o dia será quente. – afirma Jorge Pereira para Clarisse.
Não há resposta por parte de Clarisse.
- Bom, preciso sair agora, e… Se fosse a si, vestiria roupas leves. – aconselha Jorge Pereira.
- Eu não vou sair daqui, não se preocupe. – afirma Clarisse.
- Infelizmente, receio que não tenha escolha, Sra. Fonseca. Todos os seus bens serão leiloados com a propriedade. Não é mesmo assim? – questiona Jorge Pereira.
Enquanto refere isto, um polícia substitui a fechadura da casa.
- Veja bem… Eu não posso ser despejada daqui. Não tenho que pagar quaisquer impostos comerciais. Isto é uma loucura, não faz nenhum sentido. – diz Clarisse.
Jorge Pereira pestaneja os olhos.
Certo, bom, a minha parte acabou. O subdelegado Pereira vai ajudá-la a deixar a propriedade.
Clarisse senta-se novamente num dos degraus e olha para uma notificação que um dos polícias tinha-lhe dado.
- Tem advogado? – perguntou Jorge Pereira.
- Não posso pagar a um advogado, vivo apenas do meu trabalho. Sou costureira. – declara Clarisse.
- Fique com o contacto da Segurança Social. Talvez a possam ajudar. – diz Jorge Pereira.
Pereira deduziu pela expressão amargurada dela que ela precisava de algo para a confortar.
- Ainda não é nada definitivo. Só precisa de sair hoje. Talvez possa voltar na semana que vem. Certo? Enquanto isso ligue para um amigo ou um familiar, para ficar na casa deles caso estes a possam ajudar. – diz Jorge.
- Não tenho ninguém para ligar. – diz Clarisse.
Jorge Pereira vergar-se e diz:
- Vamos fazer o seguinte. Conheço uma pessoa que faz mudanças que deve-me um favor. Bernardo. Eu vou ao supermercado comprar umas caixas, quando voltar vou ajudá-la a empacotar as coisas.
Jorge apresenta-se e estende a mão.
Clarisse não o cumprimenta, apenas olha-o como uma vítima dócil.
Entretanto, ela permanece numa residencial. Instala-se lá e vê as notificações do município repara numa carta que ainda não tinha aberto. Era do seu ex-noivo. Mencionava “ I miss you…”.
-Não acredito que miss seja ter saudades. Misses são aquelas que ganham concursos. Mas não as de cá, que são todas umas vulgares. – Clarisse fala sozinha, ao mesmo tempo, que sorri.
Clarisse Fonseca estava decidida em esquecer o seu ex-noivo e estabelecer prioridades como a tentativa de reaver a sua propriedade.
O seu pai vê o anúncio da propriedade na internet que se encontra à venda. Pai este que ela julgara estar morto. Este vive noutro país.
-Comprei um bangalô com vista para o mar muito invulgar no país onde foi construído. – diz Vitaliy Fadeeva.
- Perto de onde? – pergunta Olga Zhidkov .
-Em Portugal. Vamos abandonar o país e viver lá. - diz Vitaliy Fadeeva.
- Como?! – pergunta Olga Zhidkov .
- Com as despesas apenas de habitação que despendemos e a instabilidade política em que vivemos vai ser complicado conseguir pagar os estudos da universidade de Evgeny. Aliás como já passaram uns anos desde o acidente, o Estado deixa-me regressar ao meu país de origem e confesso ter muitas saudades daquelas terras.
É Março, as flores estão a desembruxar, Clarisse abre as janelas para o vento passar enquanto o telefone toca.
- Estou? – pergunta Clarisse.
- Fala o tenente Jorge Pereira. Já resolveu o seu problema? – pergunta Jorge.
- Não. Contactei com uma advogada do Estado mas esta referiu que o comprador apenas vende a casa com o preço quatro vezes superior. Este quer ganhar algo com isso, já que, comprou-a em leilão, por um valor muito mais económico. – afirmou Clarisse.
-Amanhã encontre-se comigo na esplanada perto do café Girassol. Tenho um pequeno apartamento lá perto que meus pais compraram nos meus tempos de faculdade. – disse Jorge.
-Vejo-o então lá. – disse Clarisse.
Passado um dia…
-Aqui tem as chaves, agrada-lhe o local? – perguntou Jorge.
- Sim, é apaziguador. – disse Clarisse.
- Posso fazer-lhe uma pergunta pessoal? – perguntou Jorge.
- Sim… - disse Clarisse.
- Porque vive só? – perguntou Jorge.
- A minha mãe e o meu irmão vivem fora, em França. O meu irmão acabou a faculdade e arranjou emprego lá. A minha mãe fui com ele, na altura por uma questão de companhia… mas acabou ficando lá. Já o meu pai morreu acerca de oito anos num acidente de avião. O avião onde viajava com destino à Rússia caiu na Ucrânia. Eu estava noiva. Acerca de seis meses, vim morar para esta casa mas meu noivo deixou-me. – disse Clarisse.
- Deixou-a? – perguntou Clarisse.
-Sim. – disse Clarisse.
-Porquê? – perguntou Jorge.
-Ele tinha ideais de uma família muito grande e gostava que fosse uma mãe a tempo inteiro. Ou seja, que nunca fosse à procura de emprego e fica-se em casa por tempo indeterminado. – disse Clarisse.
-O seu noivo era um imbecil. – afirmou Jorge.
Clarisse olha-o pensativa.
-Então, diga-me… Qual é a sua história? – perguntou Clarisse.
- A minha história? – perguntou Jorge.
-Sim, a sua história… - disse Clarisse.
- Bem, eu casei com a minha melhor amiga acerca de nove anos. O interesse dela por mim continua igual mas, na realidade, o meu por ela não. – disse Jorge.
- É triste… - disse Clarisse.
Clarisse e Jorge beijam-se e ficam naquele dia no apartamento.
Entretanto, Fadeeva chega a Portugal com a sua mulher e o seu filho. Fazem as mudanças.
- Não gosto desta varanda. Penso que poderia fazer aqui um terraço e assim aproveitar este espaço com vista para o mar. Poderíamos colocar umas mesas, umas cadeiras… - disse Vitaliy.
- Por mim… - disse Olga com um tom de voz hesitante.
- Pareces reticente. – afirma Vitaliy.
- Já compramos a casa, vamos agora fazer obras nela? Assim não poupamos nada… - disse Olga.
-É só este arranjo, prometo. – afirma Vitaliy.
- Tudo bem, contacta alguém que possa fazer as obras. – disse Olga.
- Não te preocupes, eu trato disso. – disse Vitaliy.
No dia seguinte, Clarisse acorda e confessa a Jorge que sente curiosidade em conhecer quem ficou com a casa em que vivera com a sua mãe e seu irmão. Está constantemente a interrogar-se “ Quem esta por detrás da compra desta propriedade”. Refere que não quer que fique a dúvida no ar, na névoa para sempre. Então, pede-lhe que vá com ela visitar a casa. Jorge diz que tem que ir trabalhar. Desta forma, Clarisse diz que vai à casa durante a tarde.
Quando chega de carro à casa depara-se com as obras na propriedade que pertencia-lhe. Resolve bater à porta.
- Boa tarde. Posso ajudá-la? Parece transtornada. – disse Olga.
-Sou a antiga proprietária desta casa. Na realidade, ainda estou a tentar reavê-la. Porque estão a fazer obras? Se conseguir o dinheiro que é pedido, eu posso ficar com a casa. É possível. – afirmou Clarisse.
- Entre. Espere pelo meu marido. Ninguém melhor que ele para falar consigo. – disse Olga.
Clarisse senta-se e repara numa fotografia antiga que estava em cima duma mesa da sala. Pega nela.
- Oh…! É o meu pai na fotografia! Estranho…Pensava que tinha levado todas as minhas fotografias. – disse Clarisse.
- Essa foto pertence ao meu marido e penso que foi tirada antes de nos casarmos. – disse Olga.
- Eu pensava que ele estava morto. Mas… Como? – perguntou Clarisse.
- Eu sou austríaca, alias como pode constatar pelo meu sotaque. Mas, realmente, o meu marido contou-me que esteve em Portugal antes… - disse Olga.
Vitaliy Fadeeva entra na casa e dirige-se para a sala onde interrompe a conversa entre Clarisse e a sua esposa.
-Passa-se aqui algo… Eu penso que você é o meu pai. – disse Clarisse.
-Como assim? – perguntou Vitaliy.
- Esta foto… É do meu pai. Eu reconheço a cara apesar de ser uma foto antiga. E olhando nos seus olhos, aqui, agora, são iguais aos da foto. – disse Clarisse.
- Será possível? Sim, és tu a filha que tanto procurava. O teu irmão? Onde esta? Quero abraçá-lo! A tua mãe? Esta tudo bem com ela? Eu fui dado como morto daquele acidente de avião para a Rússia, mas consegui sobreviver. O facto de o avião ter caído na Ucrânia antes mesmo de fazer escala que estava planeada no mesmo país e o facto de bastantes tripulantes serem ucranianos, teve como efeito ter sido dado como um deles.
Não tinha documentação comigo que justifica-se que era português e a embaixada portuguesa na Ucrânia na altura… bem, era quase inexistente. Fui bem recebido pelos outros ucranianos e tive a sorte de rapidamente arranjar trabalho. Adquiri nome e residência ucranianos. Tentei contactar-vos mas o número de telefone não dava qualquer sinal de chamada. - disse Vitaliy.
-Compreendo. Nós fizemos as mudanças para esta casa. A outra era muito grande e muito dispendiosa para a mãe pagar. Apenas ficamos com o número de telefone nesta casa. – disse Clarisse.
Vitaliy e Clarisse abraçam-se de forma repentina, encarando aquele abraço, a única forma de recuperarem o tempo perdido e começarem tudo de novo.
A mãe de Clarisse, após ter tido conhecimento pela sua filha, que Vitaliy estava vivo e estava em Portugal, parte de França para Portugal, juntamente com o filho. Apesar de se mostrar interessada pela sobrevivência do seu ex-marido confessa que esta casada lá e tem uma vida economicamente estável, mostrando, desta forma, que a sua viagem foi apenas de carácter temporário. O filho fica feliz por rever o pai mas encontrava-se a estudar na universidade lá e não pretende voltar a Portugal. O seu regresso a Portugal era apenas para efeitos de visitar a irmã como costumava fazer. Considerava agora, também no seu regresso, visitar o seu pai.
Jorge separa-se da sua mulher e vai viver com Clarisse. A paixão entre os dois parece não desaparecer.
Clarisse visita seu pai regularmente enquanto a sua mãe e o seu irmão permanecem em França.


Edite Rio


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Grandmother

My grandmother is just the best grandmother in the world. She made my lunch today. It looks like spaghetti but it is not. It is a typical dish of Portugal called "Aletria"!