Beautiful leaves left on the ground
quinta-feira, 12 de maio de 2016
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Playlist 2015
January
Simen Eidhammer Rognan - Glasgow Love Theme
The Pretenders - Brass in Pocket
Tears For Fears - Everybody Wants To Rule The World
Suzanne Vega - Rusted Pipe
I never download the songs I love. I always use youtube and spotify. Except a few albuns to listen on my Ipod.
Simen Eidhammer Rognan - Glasgow Love Theme
The Pretenders - Brass in Pocket
Tears For Fears - Everybody Wants To Rule The World
Suzanne Vega - Rusted Pipe
I never download the songs I love. I always use youtube and spotify. Except a few albuns to listen on my Ipod.
Update soon
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
One step closer
Tomorrow is my first lesson to a driving test, I'm very anxious. A driver's license is something that takes some time. My birthday present was my exame Code B. Actually I paid with my money but nevermind...
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
sábado, 1 de novembro de 2014
Narrativa curta com pseudónimo da minha autoria
Nevoeiro
Nesse tempo, ou já muito
antes, era considerada uma mulher insociável. As pessoas consideram que ela
vivia demasiado para a família e até à data para o seu ex-noivo. Sentada no
degrau de uma escada, colocava-se no centro desta “arena” improvisada que é a
vida. Mas o gozo era apenas dela… ali sentada, reflectindo. Gozo esse não de
riso porque para Clarisse o riso era o que particularmente lhe ofendia nos
medíocres. Medíocres esses que observava pela janela enquanto soltava uma
gargalhada num tom irónico para tal presença inesperada de agentes de
autoridade.
Param o carro à frente de sua casa e batem
à porta.
- Bom dia. É Clarisse
Fonseca? – perguntou um dos polícias, de uma forma áspera, arrogante, rude e
azeda.
- Sou. Porquê? –
perguntou Clarisse, de uma forma assustada.
Um polícia oscila a
cabeça para outro colega de trabalho como forma de uma possível confirmação de
que já havia consumado algo ao mesmo tempo que cola um aviso na porta.
- Pelo não pagamento dos
impostos comerciais desta propriedade, o município aplicou uma petição judicial
para recuperar os custos. Não deve ser surpresa para si. Clarisse foi
amplamente notificada. Foram enviados diversos avisos para esta morada. Esta
casa vai ser leiloada, a partir de amanhã de manhã.
- Leiloada? Que história
é essa? Ficou maluco? - questiona Clarisse.
O polícia olha-a
extasiado. Clarisse volta-se para outro polícia e ordena:
- Não fume na minha casa.
Bip,
bip, bip…
Os polícias são chamados,
é hora de abandonar o local, há trabalho que precisa de ser feito.
À medida que Clarisse
vira-se para observar a arrogância de um polícia a fazer uma chamada do
telefone da sua própria casa, choca com um polícia, seu nome, Jorge Guedes. Ela
contempla uma certa intimidade e confraternidade no seu olhar.
- Olá Loureiro,
encontramo-nos aonde? – pergunta um polícia ao telefone.
Há risadas provenientes
dos polícias ao verem a mulher tão desamparada e ignorada enquanto vêem o seu
colega a abusar do seu poder utilizando o telefone.
- Parece que o dia será
quente. – afirma Jorge Pereira para Clarisse.
Não há resposta por parte
de Clarisse.
- Bom, preciso sair
agora, e… Se fosse a si, vestiria roupas leves. – aconselha Jorge Pereira.
- Eu não vou sair daqui,
não se preocupe. – afirma Clarisse.
- Infelizmente, receio
que não tenha escolha, Sra. Fonseca. Todos os seus bens serão leiloados com a
propriedade. Não é mesmo assim? – questiona Jorge Pereira.
Enquanto refere isto, um
polícia substitui a fechadura da casa.
- Veja bem… Eu não posso
ser despejada daqui. Não tenho que pagar quaisquer impostos comerciais. Isto é
uma loucura, não faz nenhum sentido. – diz Clarisse.
Jorge Pereira pestaneja
os olhos.
Certo, bom, a minha parte
acabou. O subdelegado Pereira vai ajudá-la a deixar a propriedade.
Clarisse senta-se novamente
num dos degraus e olha para uma notificação que um dos polícias tinha-lhe dado.
- Tem advogado? –
perguntou Jorge Pereira.
- Não posso pagar a um
advogado, vivo apenas do meu trabalho. Sou costureira. – declara Clarisse.
- Fique com o contacto da
Segurança Social. Talvez a possam ajudar. – diz Jorge Pereira.
Pereira deduziu pela
expressão amargurada dela que ela precisava de algo para a confortar.
- Ainda não é nada
definitivo. Só precisa de sair hoje. Talvez possa voltar na semana que vem.
Certo? Enquanto isso ligue para um amigo ou um familiar, para ficar na casa
deles caso estes a possam ajudar. – diz Jorge.
- Não tenho ninguém para
ligar. – diz Clarisse.
Jorge Pereira vergar-se e
diz:
- Vamos fazer o seguinte.
Conheço uma pessoa que faz mudanças que deve-me um favor. Bernardo. Eu vou ao
supermercado comprar umas caixas, quando voltar vou ajudá-la a empacotar as
coisas.
Jorge apresenta-se e
estende a mão.
Clarisse não o
cumprimenta, apenas olha-o como uma vítima dócil.
Entretanto, ela permanece
numa residencial. Instala-se lá e vê as notificações do município repara numa
carta que ainda não tinha aberto. Era do seu ex-noivo. Mencionava “ I miss you…”.
-Não acredito que miss seja ter saudades. Misses são
aquelas que ganham concursos. Mas não as de cá, que são todas umas vulgares. –
Clarisse fala sozinha, ao mesmo tempo, que sorri.
Clarisse Fonseca estava
decidida em esquecer o seu ex-noivo e estabelecer prioridades como a tentativa
de reaver a sua propriedade.
O seu pai vê o anúncio da
propriedade na internet que se encontra à venda. Pai este que ela julgara estar
morto. Este vive noutro país.
-Comprei um bangalô com
vista para o mar muito invulgar no país onde foi construído. – diz Vitaliy
Fadeeva.
-
Perto de onde? – pergunta Olga Zhidkov .
-Em
Portugal. Vamos abandonar o país e viver lá. - diz Vitaliy Fadeeva.
-
Como?! – pergunta Olga Zhidkov .
-
Com as despesas apenas de habitação que despendemos e a instabilidade política
em que vivemos vai ser complicado conseguir pagar os estudos da universidade de
Evgeny. Aliás como já passaram uns anos desde o acidente, o Estado deixa-me
regressar ao meu país de origem e confesso ter muitas saudades daquelas terras.
É
Março, as flores estão a desembruxar, Clarisse abre as janelas para o vento
passar enquanto o telefone toca.
-
Estou? – pergunta Clarisse.
-
Fala o tenente Jorge Pereira. Já resolveu o seu problema? – pergunta Jorge.
-
Não. Contactei com uma advogada do Estado mas esta referiu que o comprador
apenas vende a casa com o preço quatro vezes superior. Este quer ganhar algo
com isso, já que, comprou-a em leilão, por um valor muito mais económico. –
afirmou Clarisse.
-Amanhã
encontre-se comigo na esplanada perto do café Girassol. Tenho um pequeno
apartamento lá perto que meus pais compraram nos meus tempos de faculdade. –
disse Jorge.
-Vejo-o
então lá. – disse Clarisse.
Passado
um dia…
-Aqui
tem as chaves, agrada-lhe o local? – perguntou Jorge.
-
Sim, é apaziguador. – disse Clarisse.
-
Posso fazer-lhe uma pergunta pessoal? – perguntou Jorge.
-
Sim… - disse Clarisse.
-
Porque vive só? – perguntou Jorge.
-
A minha mãe e o meu irmão vivem fora, em França. O meu irmão acabou a faculdade
e arranjou emprego lá. A minha mãe fui com ele, na altura por uma questão de
companhia… mas acabou ficando lá. Já o meu pai morreu acerca de oito anos num
acidente de avião. O avião onde viajava com destino à Rússia caiu na Ucrânia.
Eu estava noiva. Acerca de seis meses, vim morar para esta casa mas meu noivo
deixou-me. – disse Clarisse.
-
Deixou-a? – perguntou Clarisse.
-Sim.
– disse Clarisse.
-Porquê?
– perguntou Jorge.
-Ele
tinha ideais de uma família muito grande e gostava que fosse uma mãe a tempo
inteiro. Ou seja, que nunca fosse à procura de emprego e fica-se em casa por
tempo indeterminado. – disse Clarisse.
-O
seu noivo era um imbecil. – afirmou Jorge.
Clarisse
olha-o pensativa.
-Então,
diga-me… Qual é a sua história? – perguntou Clarisse.
-
A minha história? – perguntou Jorge.
-Sim,
a sua história… - disse Clarisse.
-
Bem, eu casei com a minha melhor amiga acerca de nove anos. O interesse dela
por mim continua igual mas, na realidade, o meu por ela não. – disse Jorge.
-
É triste… - disse Clarisse.
Clarisse
e Jorge beijam-se e ficam naquele dia no apartamento.
Entretanto,
Fadeeva chega a Portugal com a sua mulher e o seu filho. Fazem as mudanças.
-
Não gosto desta varanda. Penso que poderia fazer aqui um terraço e assim
aproveitar este espaço com vista para o mar. Poderíamos colocar umas mesas,
umas cadeiras… - disse Vitaliy.
-
Por mim… - disse Olga com um tom de voz hesitante.
-
Pareces reticente. – afirma Vitaliy.
-
Já compramos a casa, vamos agora fazer obras nela? Assim não poupamos nada… -
disse Olga.
-É
só este arranjo, prometo. – afirma Vitaliy.
-
Tudo bem, contacta alguém que possa fazer as obras. – disse Olga.
-
Não te preocupes, eu trato disso. – disse Vitaliy.
No
dia seguinte, Clarisse acorda e confessa a Jorge que sente curiosidade em
conhecer quem ficou com a casa em que vivera com a sua mãe e seu irmão. Está
constantemente a interrogar-se “ Quem esta por detrás da compra desta
propriedade”. Refere que não quer que fique a dúvida no ar, na névoa para
sempre. Então, pede-lhe que vá com ela visitar a casa. Jorge diz que tem que ir
trabalhar. Desta forma, Clarisse diz que vai à casa durante a tarde.
Quando
chega de carro à casa depara-se com as obras na propriedade que pertencia-lhe.
Resolve bater à porta.
-
Boa tarde. Posso ajudá-la? Parece transtornada. – disse Olga.
-Sou
a antiga proprietária desta casa. Na realidade, ainda estou a tentar reavê-la.
Porque estão a fazer obras? Se conseguir o dinheiro que é pedido, eu posso
ficar com a casa. É possível. – afirmou Clarisse.
-
Entre. Espere pelo meu marido. Ninguém melhor que ele para falar consigo. –
disse Olga.
Clarisse
senta-se e repara numa fotografia antiga que estava em cima duma mesa da sala.
Pega nela.
-
Oh…! É o meu pai na fotografia! Estranho…Pensava que tinha levado todas as
minhas fotografias. – disse Clarisse.
-
Essa foto pertence ao meu marido e penso que foi tirada antes de nos casarmos.
– disse Olga.
-
Eu pensava que ele estava morto. Mas… Como? – perguntou Clarisse.
-
Eu sou austríaca, alias como pode constatar pelo meu sotaque. Mas, realmente, o
meu marido contou-me que esteve em Portugal antes… - disse Olga.
Vitaliy
Fadeeva entra na casa e dirige-se para a sala onde interrompe a conversa entre
Clarisse e a sua esposa.
-Passa-se
aqui algo… Eu penso que você é o meu pai. – disse Clarisse.
-Como
assim? – perguntou Vitaliy.
-
Esta foto… É do meu pai. Eu reconheço a cara apesar de ser uma foto antiga. E
olhando nos seus olhos, aqui, agora, são iguais aos da foto. – disse Clarisse.
-
Será possível? Sim, és tu a filha que tanto procurava. O teu irmão? Onde esta?
Quero abraçá-lo! A tua mãe? Esta tudo bem com ela? Eu fui dado como morto
daquele acidente de avião para a Rússia, mas consegui sobreviver. O facto de o
avião ter caído na Ucrânia antes mesmo de fazer escala que estava planeada no
mesmo país e o facto de bastantes tripulantes serem ucranianos, teve como
efeito ter sido dado como um deles.
Não
tinha documentação comigo que justifica-se que era português e a embaixada portuguesa
na Ucrânia na altura… bem, era quase inexistente. Fui bem recebido pelos outros
ucranianos e tive a sorte de rapidamente arranjar trabalho. Adquiri nome e
residência ucranianos. Tentei contactar-vos mas o número de telefone não dava
qualquer sinal de chamada. - disse Vitaliy.
-Compreendo.
Nós fizemos as mudanças para esta casa. A outra era muito grande e muito
dispendiosa para a mãe pagar. Apenas ficamos com o número de telefone nesta
casa. – disse Clarisse.
Vitaliy
e Clarisse abraçam-se de forma repentina, encarando aquele abraço, a única
forma de recuperarem o tempo perdido e começarem tudo de novo.
A
mãe de Clarisse, após ter tido conhecimento pela sua filha, que Vitaliy estava
vivo e estava em Portugal, parte de França para Portugal, juntamente com o
filho. Apesar de se mostrar interessada pela sobrevivência do seu ex-marido
confessa que esta casada lá e tem uma vida economicamente estável, mostrando,
desta forma, que a sua viagem foi apenas de carácter temporário. O filho fica
feliz por rever o pai mas encontrava-se a estudar na universidade lá e não
pretende voltar a Portugal. O seu regresso a Portugal era apenas para efeitos
de visitar a irmã como costumava fazer. Considerava agora, também no seu
regresso, visitar o seu pai.
Jorge
separa-se da sua mulher e vai viver com Clarisse. A paixão entre os dois parece
não desaparecer.
Clarisse
visita seu pai regularmente enquanto a sua mãe e o seu irmão permanecem em
França.
Edite Rio
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Grandmother
My grandmother is just the best grandmother in the world. She made my lunch today. It looks like spaghetti but it is not. It is a typical dish of Portugal called "Aletria"!
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